Pessoal, hoje a história do Pedido é um pouco diferente, ELA fez o Pedido de casamento para o namorado e de uma maneira muito inusitada!
“Eu e o Renato estudamos na mesma escola e na mesma sala desde a quinta série. Além disso, fazíamos teatro juntos na escola. Começamos a ficar mais próximos entre a sétima e a oitava série, tanto que nosso primeiro beijo foi na nossa formatura da oitava série: ninguém queria dançar, então fomos inaugurar a pista.
Só que não paramos mais e dançamos a festa inteira. Nem eu nem ele sabemos dizer porque nos beijamos naquele dia, porque ele tinha uma queda por outra menina e eu por outro menino. Aconteceu e foi legal. Mas depois desse dia não continuamos a ficar juntos. Um ano depois, no dia da estreia de uma peça que participávamos, aconteceu algo bem parecido. Nos abraçamos na coxia do teatro e nos beijamos novamente.
Pensando agora, nossos primeiros beijos sempre foram um tanto quanto espontâneos e não premeditados! E acho que isso diz bastante sobre a gente. Somos um casal que, mesmo namorando a 11 anos (o que para alguns é uma eternidade), sempre fomos muito espontâneos e verdadeiros com nossos sentimentos. Aquele 22 de novembro na coxia foi um marco em nossas vidas, mas houveram tantos outros marcos tão importantes quanto e a maioria sempre aconteceu por coisas imprevistas e espontâneas.
Vivemos todos esses anos de maneira bem natural: com altos e baixos, risadas e brigas e sem nenhuma cobrança por um casamento (a não ser da família heheh).
Passamos a sentir a necessidade de ficarmos mais juntos e morarmos em um canto nosso quando voltamos para a casa dos respectivos pais depois do término da faculdade. Eu fiz faculdade em São Vicente, no litoral paulista e ele em Campinas.
A distância acabou definindo várias coisas em nosso relacionamento e criou uma cumplicidade entre nós que não tínhamos antes. Não foi fácil para nenhum dos dois em vários aspectos, mas por outro lado foi importante cada um experimentar sua própria liberdade e saber a se virar sozinho no mundo. Muito do que somos hoje vem desse período de faculdade.
Então quando voltamos para a casa dos nossos pais e deixamos de ter as liberdades que tínhamos, além da nossa própria cobrança de conseguir um emprego em nossas áreas (ele é cênico e eu bióloga), percebemos que queríamos ter mais tempo para nós dois e era quase impossível.
No fim de 2014 ele foi chamado para uma vaga de Coordenador do Núcleo de Artes Cênicas do Sesi de Araraquara. Mesmo sendo a quatro horas de viagem (de carro) do ABC eu o incentivei a ir e fazer algo que ele queria tanto. Nessa época eu também estava super infeliz com meu trabalho e acabei pedindo demissão. Em janeiro de 2015 fui morar com ele em Araraquara.
Foi sem sombra de dúvida uma das melhores fases da minha vida. Apesar do desemprego e a extrema auto cobrança por colação no mercado, morar com o Renato era delicioso. Decoramos juntos a casa, fazíamos pão caseiro, chamávamos a turma do teatro para almoçar e jantar em casa. Foi aí que eu tive a certeza de que estávamos no caminho certo. Até conversamos sobre casamento, mas eu dizia que eu só casaria quando conseguisse um emprego.
Em agosto de 2015 eu fui chamada pela Prefeitura de Santana de Parnaíba para assumir o cargo de Bióloga na Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente. E foi inesperado, pois nem lembrava do concurso que prestei dois anos antes. Ao mesmo tempo que ficamos muito felizes (até porque a minha reserva de grana estava para esgotar) também veio a tensão de termos que morar longe em uma fase tão boa de nosso relacionamento.
Eu quase não fui, ele que me convenceu a seguir meu sonho como eu havia feito com ele no ano anterior. Foi um processo chato ter que deixar de estar com quem gosta e em lugar que eu já tinha acolhido como meu.
No entanto, o ganho financeiro me ajudou a conter algumas ansiedades minhas e me permitiu fazer o que fiz. A ideia de pedi-lo em casamento veio de repente também: eu não dizia para ele que só casaria quando conseguisse um emprego? Bom, eu havia conseguido. E por que não eu fazer o pedido? Ambos apoiamos muito o feminismo e eu simplesmente não via empecilho nenhum para isso. Meu único medo na hora era: espero que ele não peça antes!
Foi então que começaram os preparativos. Eu queria algo memorável e diferente. Me apaixonei por um pedido feito no cinema através de um trailer e decidi que seria daquele jeito, até porque ambos somos cinéfilos e faria todo o sentido. Como estava para estrear o novo filme da saga Star Wars e como já tínhamos uma história curiosa com a saga (antes de a gente namorar, eu fiz uma maratona Star Wars em casa e só ele apareceu.
Até hoje ele brinca que eu combinei com todo mundo de ninguém aparecer), a temática era perfeita. Conversei com a família, pedi a mão dele em casamento para os pais dele, meu cunhado, que tinha acabado de terminar um curso de cinema, fez toda a parte do vídeo, meu outro cunhado e minhas cunhadas também fizeram muito para ajudar a gente também. No dia da filmagem, os amigos foram incumbidos de “sequestrar” ele e a equipe do shopping e do cinema foram incríveis ao nos ajudar o tempo todo. Os pais se deliciaram na brincadeira de fazer um filme, além de tirarem milhares de fotos com quem estava no cinema.
Enquanto isso o evento no Facebook e as conversas inbox com os amigos bombavam. A turma estava mais ansiosa que eu! Na manhã do grande dia, enquanto eu tomava café da manhã, meu pai me perguntou “filha, e se ele não aceitar?”. Eu respondi brincando que ele aceitaria por que senão o Darth Vader iria bater nele, mas por dentro eu sabia que, apesar de ser um pedido um tanto quanto bombástico, ele iria aceitar porque ele queria aquilo tanto quanto eu e eu só tomei a frente da ação.
E no fim do vídeo, depois do susto e meio perdido ainda, ele disse sim. Foi do jeito que eu queria e foi um prazer ter nossos amigos e família ali com a gente. No fim do dia, quando voltávamos para a casa de Santana de Parnaíba, ele pegou minha mão e disse sorrindo “foi o melhor dia da minha vida”. E era exatamente isso que era pra ser.
Sobre data do casamento etc., já falei que ele que vai ter que planejar, porque eu planejei o pedido! Ainda não temos planos específicos, mas várias ideias. Infelizmente por hora vamos continuar morando cada um em uma cidade, mas torcemos para que isso mude logo.”
Assista aqui o vídeo deste Pedido.
Nós amamos esta história e apoiamos mulheres de atitute que queiram inovar com O Pedido de casamento! E vocês gostaram? Alguém ai se animou para fazer O Pedido?
Equipe
O Pedido