E por que não gritar de felicidade?

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De repente, você está feliz.
Não sei o que aconteceu na sua vida, mas sei que foi bom. Pode ser o alívio depois de uma tempestade, pode ser a conquista depois de muito trabalho ou mesmo um outro sorriso que te vem na memória no meio do dia e te deixa nas nuvens. Eu não sei o motivo, mas algo está te fazendo muito bem.

E isso te deixa com medo.
E você se pergunta quanto tempo e se vai durar,você já imagina todos os perigos, todas as coisas que podem dar errado, você repete pra si mesmo que algo não está certo. Lembrando os tombos de antes, você tenta se preparar, antecipar, a dor. Você tenta quase não ficar tão alegre, porque assim talvez a queda que você tem certeza que virá não doa tanto.
E se você simplesmente fosse feliz?

Se você simplesmente se permitisse cantar quando desse vontade, não ficasse com vergonha do seu sorriso bobo no meio do dia? Se você aceitasse o elogio, o carinho, o prêmio? E se você simplesmente aproveitasse?
Sabemos que felicidade não é um estado perpétuo. São momentos. Mas nosso medo desses momentos pode acabar fazendo com que eles passem despercebidos ou mesmo fiquem meio apagados. Tão preocupados em sermos felizes podemos não nos permitir ser felizes.

Temos poucas pessoas gritando de felicidade por aí, porque nos acostumamos a pensar que a felicidade deve ser silenciosa e a tristeza pode gritar. Porque nos disseram que ser feliz atrai inveja, então é melhor que seja secreto. Eu não sei. Não duvido da existência da inveja, nem do fato que felicidade pode ser incômoda pra alguns, mas deixar – se apagar por isso? Me parece injusto. Mais do que isso até, me parece coisa de quem tem medo dos próprios sentimentos. Nunca vi ninguém dizer que se deve esconder o mal humor, porque deveríamos então ter tanto medo de estar, publica e explicitamente felizes?

Por que não gritar de felicidade? Não confundir com o egoísmo, que quer esfregar a alegria na cara dos outros pra se validar, mas com a felicidade real, que PEDE pra ser compartilhada. A alegria quer brilhar, então deixe que ela brilhe! Não tenha medo e muito menos vergonha de estar em um momento bom da vida!

Eu não sei quanto tempo dura, nem se você não vai se machucar no final, mas sei que felicidade é prato raro que merece ser desfrutado ao máximo, saboreado sem reservas, até lambuzar. E saia por aí com um sorrisão satisfeito de quem se fartou, sem cerimônias.

porteu Carolina de Biagi é consultora de estilo e formada em organização de casamentos pelo SENAC. Além de escrever pro blog O Pedido, ela também escreve sobre estilo, moda e auto – estima no blog Um Unicórnio Fashionista. (www.umunicorniofashionista.wordpress.com) e no Volta, Carolina ( www.voltacarolina.wordpress.com)