Riscos

cliff

Amar implica correr riscos, o tempo todo.
Não seria exagero meu dizer que viver implica correr riscos, mas algumas pessoas conseguem sim viver dentro de uma bolha de segurança. Digamos então que amar de verdade e viver de verdade implica correr riscos.
Dizer que ama, de verdade, é assustador. Pulamos no escuro esperando que algo nos segure. E nesse voo podemos ter a melhor sensação do mundo ou a pior queda, não existe meio termo.

No meu texto anterior eu disse e reforço agora: é preciso coragem pra realmente se viver o que sonhamos. Porque demora. É difícil. Desanima. Porque vão te dizer que não vale a pena. E no fim, porque ficar só na segurança das coisas pequenas e sem significado, do roteiro de vida pré desenhado que não te contempla, é bem confortável. Se formos sinceros, reclamar do que não temos é muito mais simples do que ir procurar pelo que queremos.

A vida nem sempre é justa, mas se você escolhe sempre os tons apagados do previsível, não pode reclamar da falta de cores no seu dia a dia.
Não se ama de verdade com mesquinharia. Ou deixamos o amor nos envolver, arriscando se machucar, dispostos à entrega ou acabamos sempre com meios sentimentos, insatisfeitos sem saber porque.

Não digo pra ser cego e pular na frente de um carro em movimento ou entrar de cabeça em um “amor” abusivo. Na verdade, digo pra correr o risco maior que é apostar que se merece viver, amar, realizar de verdade. E não aceitar menos do que isso.

Amar nos deixa vulneráveis. Eu sei que isso te assusta. Me assusta também. Provavelmente você, assim como eu, tem algumas rachaduras doloridas no coração e a ideia de ter que passar por algumas delas de novo é o bastante pra me deixar com vontade de fugir pra uma montanha no Himalaia e não ver ninguém nunca mais. Eu entendo, doeu pra caramba.

O problema é que a vida nos cobra sim um preço. Se nos contentarmos com pouco, ela cobrará pouco, mas se quisermos mais… Se procurarmos significado…
Eu não sei viver com mesquinharia. Não sei sentir com mesquinharia. Os riscos são altos, mas as recompensas também.

porteu Carolina de Biagi é consultora de estilo e formada em organização de casamentos pelo SENAC. Além de escrever pro blog O Pedido, ela também escreve sobre estilo, moda e auto – estima no blog Um Unicórnio Fashionista. (www.umunicorniofashionista.wordpress.com) e no Volta, Carolina ( www.voltacarolina.wordpress.com)