Caos, ou simplesmente vida

nebula

“Vida é o que acontece enquanto você faz planos”. Já ouviram essa?
Eu tenho uma teoria de que a vida, o destino, qualquer que seja a força maior que nos guia, gosta mesmo é de uma baguncinha. Tudo muito quieto, muito certinho, muito no lugar é um pouco entendiante talvez, a vida gosta de movimento.
Não estou falando aqui de desorientação ou daquela bagunça que faz mal, da incapacidade de se organizar um pouco, ser confiável ou responsável. Estou falando do quanto a vida gosta de nos tirar das zonas de conforto. Não nascemos para sermos estáticos. Vida é mudança e normalmente, toda mudança é um pouco caótica.

É por isso que nos frustramos tanto quando achamos que existe um “lugar ideal” a atingir. Não gente, o lugar ideal nunca chega e na verdade o que importa é a caminhada. É como perseguir a linha do horizonte. Quando tudo se arruma de um lado, de outro lado as coisas se desorganizam. Não precisa ser dolorido ou frustrante. É apenas novo.
Acho que pessoas que realmente vivem em paz são as que aceitam esse constante movimento da vida e se divertem com ele. Algumas vezes é sim, doloroso e até mesmo confuso, mas eu realmente acredito que se você aceita as mudanças e tenta fazer o melhor com elas, sai mais forte e melhor no fim.

Ás vezes você deixa a sua vida prontinha, arrumadinha pra chegada de alguma coisa. E ela não vem. Aí você muda o foco, se reorganiza, prioriza outras coisa e… Lá está ela. É a história de amor que começa logo antes daquele intercâmbio, o emprego dos sonhos que aparece quando você já tá confortável em outro, a viagem maravilhosa que você planeja de surpresa. Pode ser dolorido também, o amor que acaba, o emprego que se vai, o amigo de todas as horas que some… Impossível encontrar uma razão lógica pra tudo, uma resposta certa.

O melhor que eu posso te dizer é isso, sempre precisamos rever nossas certezas e aceitar as mudanças é sempre menos dolorido do que lutar contra elas.
Há uma enorme beleza no caos. A beleza de um Universo que dança e que te convida pra dançar também. Você não sabe todos os passos, mas a música é boa, talvez pisem no seu pé algumas vezes, mas também te farão rodopiar pelo salão e rir loucamente. Dance como se ninguém estivesse olhando. E se a música mudar, não quer dizer nunca que a diversão acabou. É só a oportunidade de aprender um novo ritmo.

porteu Carolina de Biagi é consultora de estilo e formada em organização de casamentos pelo SENAC. Além de escrever pro blog O Pedido, ela também escreve sobre estilo, moda e auto – estima no blog Um Unicórnio Fashionista. (www.umunicorniofashionista.wordpress.com) e no Volta, Carolina ( www.voltacarolina.wordpress.com)